A Poesia Contemporânea no Brasil
A internet mudou todo o quadro da
poesia contemporânea brasileira. Podemos mesmo separar em antes e depois dela.
Está havendo uma explosão de poetas de todos os tipos, de todos os estilos. Nem
sempre abraçando as regras da língua, mas o importante, o fundamental, o que
pode mudar tudo é que as pessoas estão começando a se manifestar liricamente.
Não importa se com erros, ou não. O que conta é que estão se investigando,
estão consultando seus interiores para escrever.
Eu mesmo sou um produto da internet.
Sem ela, não teria me profissionalizado e publicado cinco livros e participado
de uma dezena de antologias. Confesso que me surpreendi com o volume de
escritores, de poetas, que foram revelados por esse processo. Tantas formas
novas e diferentes de navegar em lirismo, realmente, é animador. Dá esperança
em todos os sentidos.
Não acredito que os e-books anulem os
livros de papel. Estes sempre terão espaço, até por tudo que significam na
história da humanidade. O cheiro de livro novo é apaixonante e sempre será.
Quem já teve um livro como amigo, como companheiro,jamais se esquecerá.
Neste caldeirão de diversidades,
atualmente, pode-se encontrar exatamente o que se está querendo ou precisando
ler. Creio ser isto, inédito. Nunca foi tão fácil o acesso à poesia. Os saraus
se multiplicam. Devagarzinho mais e mais almas estão se refestelando no lírico.
O que se precisa, urgentemente, é remodelar a educação para fortalecer, elevar
o padrão dos versos. Enfim, todas as possibilidades estão abertas no universo
da poesia. O que é excelente e fundamental para o processo evolutivo da
humanidade.
Criei um novo tipo de poesia: Poesia
Holística! É a poesia voltada especificamente, exclusivamente, para a evolução
humana. Nada de chororôs, abandonos, ou qualquer outra manifestação do
negativo. É a poesia que quando aponta, aborda um problema, junto apresenta uma
possível saída. Um duro golpe nos tentáculos da tristeza. Embora seja
individual é toda voltada para o coletivo. Para o Bem coletivo! Expressa as
tendências e necessidades da Nova Era.
Dentre os inúmeros tipos de versos que
circulam atualmente, alguns chamaram-me a atenção, como os de Jorge José da
Silva, o Jorge Poeta, que se autointitula repentista. Um carioca repentista. Sua
alma é absolutamente lírica, o que o torna, irremediavelmente, em um poeta. Ele
gosta de versejar sobre o amor, a conquista, a sedução. Escreve também sobre o
geral do dia a dia, sempre com seu estilo tão autoral. Confiram:
NO QUE
ESCREVO...
DESCREVO...
MEU
COTIDIANO...
SEM TRAÇAR UM
PLANO...
COMENTO O
INTERIOR DE NÓS...
DANDO VOZ...
A QUEM ME LÊ...
PROVOCANDO...
QUE TODOS
ESCREVAM...
SONHO COM UM
MUNDO DE POETAS...
x-x-x-x
O AMOR QUE AQUI
TE PASSO...
SEGUE OS
PASSOS...
DA RAZÃO...
CANTANDO NO
COMPASSO...
UMA CANÇÃO DE
SEDUÇÃO...
x-x-x-x
MÃE D'ÁGUA...
LEVA A MINHA
DOR...
PRAS ONDAS DO
MAR...
POIS TUDO QUE
QUERO...
É VIVER DE
AMAR...
Outro talento, este beeeeeeeeeem jovem,
é o poeta Dija Darkdija - Dijavan Luis - Um garoto fantástico,
inteligentíssimo, sensibilíssimo e talentosíssimo. Veio pra ficar. Nasceu
pronto! Um diamante lá de João Pessoa - Paraíba! Inventou a arte da
viajosidade, que é a arte de viajar em lirismo. Confiram:
não decoro
poemas
só decoto
palavras
de.co(r)te em
de.co(r)te
faço umas
colchas poéticas
de retalhos de
sentidos
Dija Darkdija
minha vó me
ensinou
a costurar
retalhos
pra fazer
lençol
de cobrir a
cama
o teu neto
aprendeu vó
mas não deu
só gosto de
costurar palavras
de cobrir a
cama do coração
Dija Darkdija
PAIXÃO
PORTUGUESA
qu est peixão
pr quem tainho
paixão
caia na minha
red
que seu chorar
de alagria
mat meu mar d
sed!
Dija Darkdija
Minha última indicação é de uma
competência assustadora. Imaginem uma escritora, uma poetisa, que sabe
exatamente o que não quer! Uma alma inconformada com a brutalidade sem sentido
da atualidade. Seu olhar crítico é adequadamente severo. A profundidade em sua
obra é celestial. Sua paixão pela natureza é visceral. Aliás, como é toda sua
belíssima e já longa obra. Estou falando de Ana Bailune !!! De Petrópolis para
o Mundo!!! Confirmem:
Água Para um
Poema
Morre tão seco
o poema,
Pois já não
mata-lhe a sede
A tinta daquela
pena!...
Morre,
silencioso e frio,
Morre sem brio
ou verdade,
No abismo
imenso do vazio
Morre sem
qualquer saudade!
-Tragam água
para o poema,
Antes que seja
tarde!
Parte-se ao
meio a palavra,
Ardem as chamas
da pira
Na qual ele
queimará...
Entram e saem
de cena
O poeta e seu
poema,
Tentando
aplacar uma sede
Que lhe fere
feito adaga,
Tentando
exprimir uma dor,
Quem sabe,
conter uma mágoa...
-Água para um
poema,
Tragam água,
tragam água!...
A noite o cobre
de negro
Abraça-lhe,
diz-lhe um segredo;
E o poema
agonizante
Resiste ao
terrível degredo
Que o poeta lhe
impôs
Por pena, por
dó ou por medo...
-Tragam-lhe um
copo de água,
Que amenize o
vil enredo!
-Água para um
poema,
Que morre ao
nascer do dia,
Entre rimas de
agonia,
Assim que
desponta o sol!
Entre as fendas
dos olhos cansados
O poema enxerga
um troll
Como um monstro
que dançasse
Uma giga ao
arrebol...
Por isso, morre
o poema,
De uma sede
inacessível
A qualquer água
ou refresco
De alucinação
terrível!
-Água para o
poema,
Tragam água,
tragam água!...
Que ele siga
tranquilo
Para sua nova
casa!
x-x-x-x
Cavalo de Troia
Não há como
apagar
O que está
guardado
Em todas as
nuvens,
Em todas as
mídias
Dispositivos
móveis e imóveis,
E foi impresso
em papéis,
Circula no
sangue,
Ecoa nos
ouvidos...
É perda de
tempo
Querer negar o
que se deu,
Espalhar vírus
perigosos e mortais,
Querer fingir
que já passou,
Ou que jamais
aconteceu!
Também
descansam na mente
As provas
daquela história,
E mesmo que o
vento as leve,
Sempre ficarão
os traços,
Resíduos
armazenados
No HD da
memória!
De nada adianta
Tentar apagar,
Invadir os
espaços
Brandindo
espadas,
Montado em
cavalos de Tróia!
Pois esta,
É a nossa
história.
x-x-x-x
Lava
Não há como
apagar
O que está
guardado
Em todas as
nuvens,
Em todas as
mídias
Dispositivos
móveis e imóveis,
E foi impresso
em papéis,
Circula no
sangue,
Ecoa nos
ouvidos...
É perda de
tempo
Querer negar o
que se deu,
Espalhar vírus
perigosos e mortais,
Querer fingir
que já passou,
Ou que jamais
aconteceu!
Também
descansam na mente
As provas
daquela história,
E mesmo que o
vento as leve,
Sempre ficarão
os traços,
Resíduos
armazenados
No HD da
memória!
De nada adianta
Tentar apagar,
Invadir os
espaços
Brandindo
espadas,
Montado em
cavalos de Troia!
Pois esta,
É a nossa
história.
A Poesia Contemporânea no Brasil
A internet mudou todo o quadro da
poesia contemporânea brasileira. Podemos mesmo separar em antes e depois dela.
Está havendo uma explosão de poetas de todos os tipos, de todos os estilos. Nem
sempre abraçando as regras da língua, mas o importante, o fundamental, o que
pode mudar tudo é que as pessoas estão começando a se manifestar liricamente.
Não importa se com erros, ou não. O que conta é que estão se investigando,
estão consultando seus interiores para escrever.
Eu mesmo sou um produto da internet.
Sem ela, não teria me profissionalizado e publicado cinco livros e participado
de uma dezena de antologias. Confesso que me surpreendi com o volume de
escritores, de poetas, que foram revelados por esse processo. Tantas formas
novas e diferentes de navegar em lirismo, realmente, é animador. Dá esperança
em todos os sentidos.
Não acredito que os e-books anulem os
livros de papel. Estes sempre terão espaço, até por tudo que significam na
história da humanidade. O cheiro de livro novo é apaixonante e sempre será.
Quem já teve um livro como amigo, como companheiro,jamais se esquecerá.
Neste caldeirão de diversidades,
atualmente, pode-se encontrar exatamente o que se está querendo ou precisando
ler. Creio ser isto, inédito. Nunca foi tão fácil o acesso à poesia. Os saraus
se multiplicam. Devagarzinho mais e mais almas estão se refestelando no lírico.
O que se precisa, urgentemente, é remodelar a educação para fortalecer, elevar
o padrão dos versos. Enfim, todas as possibilidades estão abertas no universo
da poesia. O que é excelente e fundamental para o processo evolutivo da
humanidade.
Criei um novo tipo de poesia: Poesia
Holística! É a poesia voltada especificamente, exclusivamente, para a evolução
humana. Nada de chororôs, abandonos, ou qualquer outra manifestação do
negativo. É a poesia que quando aponta, aborda um problema, junto apresenta uma
possível saída. Um duro golpe nos tentáculos da tristeza. Embora seja
individual é toda voltada para o coletivo. Para o Bem coletivo! Expressa as
tendências e necessidades da Nova Era.
Dentre os inúmeros tipos de versos que
circulam atualmente, alguns chamaram-me a atenção, como os de Jorge José da
Silva, o Jorge Poeta, que se autointitula repentista. Um carioca repentista. Sua
alma é absolutamente lírica, o que o torna, irremediavelmente, em um poeta. Ele
gosta de versejar sobre o amor, a conquista, a sedução. Escreve também sobre o
geral do dia a dia, sempre com seu estilo tão autoral. Confiram:
NO QUE
ESCREVO...
DESCREVO...
MEU
COTIDIANO...
SEM TRAÇAR UM
PLANO...
COMENTO O
INTERIOR DE NÓS...
DANDO VOZ...
A QUEM ME LÊ...
PROVOCANDO...
QUE TODOS
ESCREVAM...
SONHO COM UM
MUNDO DE POETAS...
x-x-x-x
O AMOR QUE AQUI
TE PASSO...
SEGUE OS
PASSOS...
DA RAZÃO...
CANTANDO NO
COMPASSO...
UMA CANÇÃO DE
SEDUÇÃO...
x-x-x-x
MÃE D'ÁGUA...
LEVA A MINHA
DOR...
PRAS ONDAS DO
MAR...
POIS TUDO QUE
QUERO...
É VIVER DE
AMAR...
Outro talento, este beeeeeeeeeem jovem,
é o poeta Dija Darkdija - Dijavan Luis - Um garoto fantástico,
inteligentíssimo, sensibilíssimo e talentosíssimo. Veio pra ficar. Nasceu
pronto! Um diamante lá de João Pessoa - Paraíba! Inventou a arte da
viajosidade, que é a arte de viajar em lirismo. Confiram:
não decoro
poemas
só decoto
palavras
de.co(r)te em
de.co(r)te
faço umas
colchas poéticas
de retalhos de
sentidos
Dija Darkdija
minha vó me
ensinou
a costurar
retalhos
pra fazer
lençol
de cobrir a
cama
o teu neto
aprendeu vó
mas não deu
só gosto de
costurar palavras
de cobrir a
cama do coração
Dija Darkdija
PAIXÃO
PORTUGUESA
qu est peixão
pr quem tainho
paixão
caia na minha
red
que seu chorar
de alagria
mat meu mar d
sed!
Dija Darkdija
Minha última indicação é de uma
competência assustadora. Imaginem uma escritora, uma poetisa, que sabe
exatamente o que não quer! Uma alma inconformada com a brutalidade sem sentido
da atualidade. Seu olhar crítico é adequadamente severo. A profundidade em sua
obra é celestial. Sua paixão pela natureza é visceral. Aliás, como é toda sua
belíssima e já longa obra. Estou falando de Ana Bailune !!! De Petrópolis para
o Mundo!!! Confirmem:
Água Para um
Poema
Morre tão seco
o poema,
Pois já não
mata-lhe a sede
A tinta daquela
pena!...
Morre,
silencioso e frio,
Morre sem brio
ou verdade,
No abismo
imenso do vazio
Morre sem
qualquer saudade!
-Tragam água
para o poema,
Antes que seja
tarde!
Parte-se ao
meio a palavra,
Ardem as chamas
da pira
Na qual ele
queimará...
Entram e saem
de cena
O poeta e seu
poema,
Tentando
aplacar uma sede
Que lhe fere
feito adaga,
Tentando
exprimir uma dor,
Quem sabe,
conter uma mágoa...
-Água para um
poema,
Tragam água,
tragam água!...
A noite o cobre
de negro
Abraça-lhe,
diz-lhe um segredo;
E o poema
agonizante
Resiste ao
terrível degredo
Que o poeta lhe
impôs
Por pena, por
dó ou por medo...
-Tragam-lhe um
copo de água,
Que amenize o
vil enredo!
-Água para um
poema,
Que morre ao
nascer do dia,
Entre rimas de
agonia,
Assim que
desponta o sol!
Entre as fendas
dos olhos cansados
O poema enxerga
um troll
Como um monstro
que dançasse
Uma giga ao
arrebol...
Por isso, morre
o poema,
De uma sede
inacessível
A qualquer água
ou refresco
De alucinação
terrível!
-Água para o
poema,
Tragam água,
tragam água!...
Que ele siga
tranquilo
Para sua nova
casa!
x-x-x-x
Cavalo de Troia
Não há como
apagar
O que está
guardado
Em todas as
nuvens,
Em todas as
mídias
Dispositivos
móveis e imóveis,
E foi impresso
em papéis,
Circula no
sangue,
Ecoa nos
ouvidos...
É perda de
tempo
Querer negar o
que se deu,
Espalhar vírus
perigosos e mortais,
Querer fingir
que já passou,
Ou que jamais
aconteceu!
Também
descansam na mente
As provas
daquela história,
E mesmo que o
vento as leve,
Sempre ficarão
os traços,
Resíduos
armazenados
No HD da
memória!
De nada adianta
Tentar apagar,
Invadir os
espaços
Brandindo
espadas,
Montado em
cavalos de Tróia!
Pois esta,
É a nossa
história.
x-x-x-x
Lava
Não há como
apagar
O que está
guardado
Em todas as
nuvens,
Em todas as
mídias
Dispositivos
móveis e imóveis,
E foi impresso
em papéis,
Circula no
sangue,
Ecoa nos
ouvidos...
É perda de
tempo
Querer negar o
que se deu,
Espalhar vírus
perigosos e mortais,
Querer fingir
que já passou,
Ou que jamais
aconteceu!
Também
descansam na mente
As provas
daquela história,
E mesmo que o
vento as leve,
Sempre ficarão
os traços,
Resíduos
armazenados
No HD da
memória!
De nada adianta
Tentar apagar,
Invadir os
espaços
Brandindo
espadas,
Montado em
cavalos de Troia!
Pois esta,
É a nossa
história.
Excelente trabalho, Claudio Poeta. Como você, sou fã de Ana Bailune. Também não creio que o livro de papel seja totalmente substituído, mas penso que o ebook veio para ficar. Adoro o livro em papel, mas, por questão de espaço, alguns tiveram que ser substituídos pelo virtual.
ResponderExcluirMuito obrigado, Lu Narbot! - Abração
ResponderExcluirMuito bom, eu também tive o prazer de ler no facebook alguns trabalhos aqui citados e deixando uma pequenina marca curtir. Lá do RECANTO DAS LETRAS, em dias passados eu lia muito você Claudio e a Aninha e gostava!
ResponderExcluirAcredito que você está certo quando diz não acreditar na substituição do livro impresso, mas eu também como a Lu Narbot penso que o ebook veio para ficar, os nossos adolescentes preferem um click a manusear um livro.
Um abraço a todos os poetas da ANLPPB.
Muito obrigado, Van-Ivany Fullini Sversutti - Abração
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho, Cláudio Poeta. Discorreu de forma clara e direta a sua teoria. Apesar do ebook ser uma tendência, que veio para ficar, pois está mais acessível à leitura, elos inúmeros aparelhos modernos nas mãos de todos, principalmente, os jovens, ainda acredito e prefiro ter um livro nas mãos, no momento da leitura. Só que estamos em um momento de transição e de questionamentos...
ResponderExcluir"O que se precisa, urgentemente, é remodelar a educação para fortalecer, elevar o padrão dos versos. Enfim, todas as possibilidades estão abertas no universo da poesia. O que é excelente e fundamental para o processo evolutivo da humanidade."
ResponderExcluirÉ nesse sentido que toda a atual produção poética tem valor único e universal.
abraços