sexta-feira, 31 de maio de 2013

Ecologia, A Natureza Pede Socorro.

“ Ecologia, A Natureza Pede Socorro”
 
                                      ( 05 de Junho dia Mundial do Meio Ambiente)
 
 
                                                                                              
 
          Nada para ser comemorado, nada para ser festejado.
 
           O momento é de alerta.
 
            Matas, rios, terra, ar ameaçados - o meio ambiente está entrando em estado de choque. 
 
            No dia 05 de junho,  quando acontece o Dia Mundial do Meio Ambiente, resta a frágil esperança de que num breve espaço de tempo a sociedade como um todo, ouça o clamor da natureza...
 
            Os rios morrendo, afogados em tóxicos, poluição. 
 
           Tietê, Tamanduateí, Piracicaba... 
 
            O Amazonas, que há anos enfrenta a ação dos depredadores, já demonstra sinais de destruição; clareiras vistas do alto indicam morte da floresta.
 
            E não existe uma legislação eficaz que proteja este santuário sagrado.
 
           Tudo fica no papel, e a devastação caminha a passos largos...
 
           Nos mares, por acidente ou negligência, milhares de poluentes são despejados, tóxicos, óleos, esgotos... 
 
           O céu está mudando de cor - de azul-anil está se tornando cinza, opaco, sem vida...
 
            E o progresso, como uma engrenagem em evolução constante, não mede conseqüências para se instalar não raras  vezes de modo irresponsável. 
 
            Não existe acordo para que o desenvolvimento caminhe em harmonia com a  natureza.
 
           Consumismo, irresponsabilidade, inconseqüência? 
 
           Como podemos catalogar este “quadro negro”? 
 
           Quando morre o meio ambiente a vida perece. 
 
           Vegetação, Peixes, Animais...
 
              E o Homem não percebe  nessa conduta desenfreada, estar cavando a própria sepultura.
 
            As matas pedem proteção,  os rios e mares em soluços, aguardam o despertar da consciência do Homem, para que possam sobreviver e continuar alimentando a humanidade.
 
             A Terra, intoxicada pela poluição de todas as origens, luta desesperadamente   para recobrar a vitalidade.
 
             O ar pesado, contaminado pelas chaminés, envenenado pelo progresso inconsequente  aguarda a ação do homem, para dar à humanidade condições de sobrevivência.
 
              A natureza está de luto, sua roupagem é tétrica, negra, apática...
 
             Quem sabe um dia, no  despertar da humanidade, a harmonia seja restaurada.
 
             Então, a  vida brotará por entre as cinzas do desespero.
 
             E  pela ação do mesmo homem que provocou este estado, consciente de seu papel  não só de defender mas de preservar o meio ambiente teremos o que comemorar.
 
              Aí, quem sabe, num breve espaço de tempo, o ser humano viverá mais feliz e a Natureza, despojada do luto imposto pelo progresso inconsequente, cuidada por todos  se apresentará num verde magistral, o verde da VIDA! Ana Stoppa



 Literatura Infantil


                                       As Sementes Da Felicidade

                                                                                              


 
Os mais antigos moradores da Cidade da Paz contam que há muitas luas viveu no lugar uma família que tinha uma missão muito especial – a de semear a felicidade.

Eram seis pessoas – diz Antonio Prudêncio para o neto Enzo - menino de oito anos,  acomodado na rede de algodão cru sustentada em dois troncos de guatambu fincados no quintal de terra batida,  nos fundos da casa.

O menino arregala os olhos e pergunta:

Vovô, mais  a felicidade nasce de uma semente?

 - Calma meu neto,  disse pacientemente o avô - esta história escutei do pai do meu pai, quando eu tinha a sua idade.

 É mesmo vovô?

 - Sim! 

 O vovô contará  para você  como semeavam a felicidade.

Os agricultores que executavam esta importante missão  era uma família composta de  seis pessoas com nomes bem diferentes, os pais eram o Amor e a Verdade.


O casal tinha quatro filhos - a Bondade, a Simplicidade, o Respeito e o Perdão

 - Mas vovô.... - interrompeu o menino.

Estou aprendendo tantas coisas na escola, estes nomes são de gente, diz o menino  com o olhar brilhando de curiosidade. 


Espere Enzo!
 
Deixa o vovô te contar...

A família era unida, vivia ajudando o próximo sem nada pedir em troca, apenas pelo fato de fazer o bem.

O pai acordava cedo para o árduo trabalho de preparar a terra.

- Terra vovô?

Sim a terra para plantar as sementes da felicidade! 

Como a família trabalhava sempre unida,  logo após nascer o Sol todos seguia, contentes para a lida diária.

Os pais preparavam as covas com cuidado, acrescentavam nutrientes, as crianças se encarregavam de depositar as sementes.


 Nascia cada muda linda Enzo!


Respeito, o filho mais velho ensinava pacientemente para todos como deveriam tratar as frágeis plantinhas para que se tornassem frondosas árvores.

Simplicidade, menina tímida, talentosa e educada  demonstrava  paciência aos  que a procuravam querendo saber sobre as sementes, os cuidados.

Delicadamente dizia:

 - Imagine... As sementes da felicidade para germinar necessitam unicamente da água da pureza e o adubo da fraternidade, nada mais.

Assim agindo terão as mais lindas árvores!

A Bondade, gêmea do Perdão era a mais serena de todos.

Ficava horas falando para os moradores de como era importante ter uma árvore daquelas no quintal.

- Nossa  vovô, que história linda! 

Conta agora do Perdão vovô - o que o Perdão fazia? 

O Perdão...

Ah o Perdão meu neto, era um rapaz despojado, estudioso, amigo, dono de um coração enorme. 

Não tinha um trabalho determinado não, era um “faz tudo”.

Dizem que ele ajudava os demais membros da família e a população no que fosse preciso.

Um dia plantava, outro cuidava, outro ensinava e assim diante...

- Vovô, então existe as sementes da felicidade -  perguntou o menino encantado com a história.

Meu querido neto – prosseguiu  pacientemente...

Por um bom tempo esta família  semeou  a  felicidade para nas primaveras seguintes entregas as mudas para os  moradores da cidade.

As pessoas esperavam anos para receber uma delas, reservavam o espaço quintal, preparavam os canteiros ou vasos, seguiam todas as orientações, era muito importante ter uma árvore da felicidade no quinta de casa!

Na medida em que cresciam nas propriedades era visível na expressão de alegria e paz dos moradores.

No entanto, passado algum tempo, a cidade recebeu novos moradores que também se propunham a fornecer as sementes da diziam plantar a mesma árvore.

Não demorou muito para se espalhar a notícia, com uma diferença – as novas mudas cresceriam rápido, não precisariam de cuidados, se reproduziam com facilidade.

Seria o fim das filas de espera...

- Vovô!

Diz meu neto - falou com doçura o seu Antônio.

- Como eram os nomes das pessoas da nova família?

Não eram bonitos, mais vou te dizer por que faz parte da história – emendou o bondoso senhor.

Eram quatro pessoas que viviam juntas mais não se entendiam –  a Inveja, o Orgulho, a Arrogância e a Preguiça.

No quintal da casa deles subitamente a plantação se tornou era abundante...

Nem era preciso pedir!

Os moradores passavam, pegavam quantas mudas quisessem, que na aparência eram idênticas  as cultivadas pela família do bem.

Rapidamente em todos os quintais cresceram   as novas plantas!

Tantas mudas foram distribuídas que a primeira família...

Aquela que o Pai era o Amor e mãe a Verdade vovô?

- Sim meu querido, aquela...

O que aconteceu?

- Acabaram se mudando para outra localidade, pois teriam que dar continuidade à missão que Deus lhes confiara.

Mais e as árvores vovô, conta! 

- As mudas entregues com muita facilidade pelos estranhos moradores cresceram mirradas,  troncos cheios de espinhos, pouca sombra.

Ninguém conseguia ficar por perto, nem os pássaros.

As famílias ficaram tristes, aos poucos arrancaram as novas árvores -  mais tarde foram identificadas como pragas.

Quando buscaram as mudas verdadeiras,  souberam que os bondosos agricultores havia se mudado para bem distante. 

Tornou-se impossível conseguir sementes ou mudas da felicidade, quer dizer Enzo, da árvore da felicidade.

Descoberto o engano, a população  desesperada passou  a procurar entre os moradores – os que possuíam a árvore verdadeira,  uma muda,  semente ou  galho  para  plantar, quando ficavam sabendo que não havia como compartilhar,, que para reproduzir seria necessário o auxílio dos primeiros agricultores – o Amor, a Verdade, o Perdão, a Simplicidade, a Bondade e o Respeito.

Então meu neto,   os propagadores das pragas quando descobertos acabaram expulsos do lugar.

- Mais e as sementes vovô?

Dizem que após  muitos pedidos  os moradores receberam a visita do “faz tudo” – o Perdão adiantando que  a família estaria de volta para reflorestar o lugar, mais para que isso acontecesse os moradores  deveriam limpar mais que a terra, os quintais, os vasos, casas ou canteiros,  deveriam preparar os corações!.

- Os corações vovô?

Sim meu neto, esta história tem um final lindo!

A partir daquele momento  Enzo,  através daquela família  plena de virtudes Deus passou a plantar as sementes da felicidade no coração de cada pessoa, porém impôs uma condição: 

 - Somente germinariam se  cada  um  que as recebesse   pautassem suas vidas no Amor, na Verdade, na Simplicidade, no Respeito, na  Bondade e no Perdão!   Ana Stoppa.


UNIDOS PELO ZELO AO MEIO AMBIENTE


(Poesia Coletiva de Membros da ANLPPB)

Jaz a mata, o verde
Jaz a criação
Consciência atenta
Ao impacto ambiental

Tereza Azevedo


 Natureza geme com mágoa
Por um elemento bem caro
Que tão breve se faz raro
Num planeta chamado água

Oneida Matos


Não destrua o Homem
Em alguns séculos
O  que Mãe Natureza
Levou milhões de anos a construir.

Lu Narbort


A mãe natureza pede clemência
E o homem sem consciência
Qual filho ingrato
Cospe no prato
Que um dia não mais haverá de comer

Angela Ramalho


Preservar é o verbo
Concreto e natureza harmonizando
Poesia para nossos netos
Vidas se completando

Aline Romariz


Vida que depende do ar, do mar, da água, da natureza
Ambiente a preservar é a vida a se renovar
Plante sementes de esperança
Preservação se aprende e se faz desde criança

Flávia Assaife


De que adianta o homem não resguardar
o que há de mais belo
entre o céu e o mar

Adriane Lima


Pois acima de nós de nada valerá
Céu poluído 
Nuvens negras a empestear
Se as brumas do mar não forem límpidas e transparentes
Nossa pele sofrerá

Marisa Gonçalves


Da mata virgem quero seu esplendor
Não o poluente que fere a flor
Olho d'água transparente, bica fluente
Vagando no solo para sempre

José Luiz Pires


E na aurora adormecida,
Semear o vento,
Voar com a passarada

Valéria de Cassia Lima



QUERO ESCREVER Quero escrever Ao ser humano Algo que o faça Despertar Para o mundo. Que o faça parar De destruir a natureza. E tomar consciência Que a natureza é o pulmão Do mundo. E de nossa existência. E dela precisamos Para nossa sobrevivência Neste planeta terra. Vamos unir nossas forças E tentar salvar O que resta ainda Da nossa Floresta Amazônica De nossa Mata Atlântica. Vamos plantar mais árvores E preservar a vida Do nosso planeta. Unindo forças no mundo todo A Natureza será preservada Para as novas gerações Conhecer a beleza da Fauna e Flora De nossa Terra. Assim, escrevo com a consciência. De poeta e o coração de ser humano. Para espalhar aos quatro ventos A sinfonia do amor a Natureza. POESIA DE VERA SALBEGO. DIREITOS AUTORAIS

A NATUREZA CHORA ( PAULO CESAR COELHO)




Bate o martelo
Corta o serrote
Madeira que desce
Porta que corre

Corta o serrote
Grita a madeira
Serra da morte
Destrói vida inteira

Madeira que desce
Árvore que chora
Floresta que padece
Vida que implora

Porta que corre
Medo que impera
Confiança que escorre
Esperança que emperra

Paulo cesar coelho
ANLPPB- 09

quinta-feira, 30 de maio de 2013

A Poesia perdida...( POESIA COLETIVA)




Pelas ruas da cidade
O cinza bruto e rude do concreto
Esmaga o verde

Lu Narbot








A terra geme a dor
E o desrespeito do homem;
Ao olhar vivo de Deus
O planeta se consome...
E nós, seres humanos
Tão cultos na ignorância,
Tapamos olhos e ouvidos
Movidos pela ganância...

Ivany Fulini sversuti



Observo a natureza
e percebo que tudo está
indo embora
e que mais tarde
choraremos infelizes
pela nossa falta
de capacidade
de lutar por tudo o que hoje
nos enche os olhos de emoção.

                                    
                                       Júlio Cesar Bridon



No cinza caminho
choram rios, vales e pássaros
peixinhos vermelhos e dourados
lutam pela vida contaminados.

Vera Margutti 









E na solidão fria
Das noites vazias
Cobriremos as cinzas
Com poesias no chão.

Valéria Pisauro







Galhos frágeis que viveram há tempos,
hoje já não sabem, secos,
qual é a bruxaria que lhes salva a seiva.

Mais óbvio do que ser verde,
talvez seja entender a química da clorofíla.
Não fez da vida "simples"?

Então,
é o que resta,
viver da ciência
pois não lhe basta
a visão da floresta...

                                                  É preciso matar
                                                 o que é ouro e o que é verde,
                                                   para descobrir suas próprias cinzas?

                                                      Wilson Caritta

E em nome dessa ganância
Destruímos, poluímos,
sem ao menos questionar
quem é que vai pagar a conta
quando a natureza
resolver se vingar?

Angela Ramalho




Fundimo-nos ao concreto.
E entre as paredes frias residem nossos ideais forjados.
Da tecnologia escravos em guerra pelo poder.
E eis nosso mocinho bandido a extirpar o verde das matas, fartar de toxinas os ares, com resíduos líquidos e sólidos dizer adeus às águas.
Cerramos os olhos em descaso e seguimos desatentos ao epílogo temerário que o planeta nos reserva.
Vamos despertar do sono! Em POESIA transformar a natureza agonizante em harmoniosas paisagens, com puro ar e claras águas, corações sensíveis e mentes abertas aos valores essenciais.
Façamos a nossa parte: criando, escrevendo, falando, ouvindo de Deus o recado observe natureza, educando os que nos são próximos até onde nossa voz ecoa.

                                                                      Teresa Azevedo


Da sacada do décimo andar
De um prédio em Milão
Longe da pátria amada Brasil
Observo estudantes da Universidade local
Comportamentos diversos
Frente as questões sociais
Alguns passam despreocupados
Outros nem tanto assim,
Protestam na avenida central!

Marisa Gonçalves de Almeida Santos


S.O.S VIDA ( POESIA COLETIVA )



Tímidas flores entre fendas 
-desabrocham-
colorindo o concreto cinza



Aline Romariz





Flores desabrocham em pleno concreto
Selva de pedra,natureza de peito aberto
Seres humanos tão introspectos
Esquecem e maculam a vida...



Elenite Araujo








E cresce a flor lilás... de cores tantas
Por entre duras rochas orvalhadas
E a natureza, silenciosa, grita:
Meu Deus, me falta ar, me falta água!!



Geraldo Aguiar









o sereno aconchego lágrimas
expulso machados e serras,
visto o verde da terra,
permanente, o milagre da vida...



Wilson Caritta








E o que ainda esperar da humanidade
Sem água, sem árvore, sentimentos e sem flor
Se dentro de nós a confortável crueldade
Superou o imprescindível, o próprio amor



Oneida Nascimento





Colorindo a paisagem
cinza e bruta do concreto
solitário e amarelo
floresce o ipê



Lu Narbot










E floresce na teimosia
porque valente,
a natureza insiste em colorir
o que o homem polui e destrói



Angela Ramalho








Entre as tímidas flores desabrochando!
está um belo passarinho cantando
canções tituladas de esperança
a terra pode mudar e suas gentes
basta respeitar as leis da natureza...



Beti Martins







A flora guerreira
Espalha o grão,
No silêncio da seiva
Faz sua revolução.



Valéria Pisauro










luta entre a crueldade dos homens
o verde é o sangue do planeta
é o amor acontecendo
mesmo que uns não queiram



Adriane Lima