quinta-feira, 23 de maio de 2013

SEM RUMO


Ah! Como eu queria agora ter a leveza de uma lembrança
Trazida pela emoção despertada
Eu queria ter a força de um furacão devastando pensamentos
Levando o princípio de sinais doridos de seios cravados
Eu queria ser beleza de um vulcão,
Jorrando sua incendiária lava no oceano e
Construindo terras férteis de confiança.
A profundidade azul do céu e o contrastante
Branco das nuvens que mesmo tão diferentes carregam no ar
A humildade de simplesmente existir.
Quem sabe talvez a velocidade de um pássaro
Rumando de encontro ao verão na distância de um beijo encolerizado.
Ah! Como eu queria agora flutuar nas mansas águas de um oásis
Tendo como fundo o doce mel dos seus olhos.
Pairar por sobre o veludo cálido da pele em chamas ou
A corrente gélida e pesada de uma chuva torrencial.
Vagar no desértico cume de montes invisivelmente
Marcados pela mão forjada da dor.
Eu queria ser o verbo apropriado da palavra ao
Soar o meus mais íntimos segredos, meus ais,
Revelando assim o que mais cala dentro de mim.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

REFLEXÃO PESSOAL SOBRE O QUE É SER POETA


REFLEXÃO PESSOAL SOBRE O QUE É SER POETA

 

Antes de sermos Poetas, somos cidadãos. Cidadãos de nosso país, mas também do mundo. Cidadãos do microcosmo familiar, dos amigos, do trabalho, dos grupos que frequentamos.

Como cidadãos, refletimos SOBRE os acontecimentos dos diferentes ambientes em que vivemos. Como poetas, refletimos OS mesmos acontecimentos.

Refletindo o nosso microcosmo, colocamos em nossos versos sentimentos e conflitos existenciais que existem desde sempre no coração e na mente humanos. Falamos sobre o amor, a saudade, a alegria, a tristeza, o sofrimento, a morte, Deus, a Natureza, as perdas, os sucessos e fracassos. Colocamos em palavras sentimentos que nosso semelhante, talvez, não saiba, ou não consiga, expressar. Nós o fazemos por ele, e o aliviamos e consolamos.

Refletindo o macrocosmo, escrevemos sobre a sociedade, as injustiças, os preconceitos, as guerras, a corrupção, a violência, os desmandos, os abusos de poder. Nós os denunciamos e gritamos nosso protesto, também em nome daqueles que não o sabem ou não o podem fazer. Somos seus porta-vozes, seus tradutores.

Nem sempre lidos, nem sempre compreendidos, seguimos cumprindo nosso papel, nossa missão, exercendo nosso ofício.


Lu Narbot

(texto inspirado pelos debates sobre o tema que acontrecem no facebook)

segunda-feira, 13 de maio de 2013

PORQUÊS NÃO REVELADOS




Foram tantos os teus mistérios!
Verdades não reveladas,
Tantos porquês sem respostas,
Tantas lágrimas derramadas...

Foram Tantas amarguras
E tanto amor ofertado!
Um triste e longo caminho
E os porquês não revelados...

Mais uma vez o tempo foi justo.
E com justiça apagou,
Levando o final e a história,
Mas o porquê não levou...

Somente as lembranças ficaram.
Essas não se apagaram
E não se apagarão jamais!
Pois um coração machucado...

Trará sempre visíveis marcas:
Um rosto, uma história,
Um amor mal acabado,
E um porquê na memória.





terça-feira, 7 de maio de 2013

UMA NOITE DESSAS!






O sol se abaixa no horizonte, descortinando um crepúsculo encantador,

mais parece um grande balão laranja incandescente.

Traçados marcados pela luz irradiante se dissipam lentamente,

na velocidade em que todo o universo se transforma.
O astro se retira despojado e confiante da glória desatada
no rastro majestoso.
Sinto gotículas da noite a serenar pelos galhos torcidos e
sem forma me lembrando que estou ali há horas.
Começo a ouvir grunhidos, pios e revoadas dos seres noturnos
que chegam para saudar o inchado luar que brota no alto.
Um sopro quente percorre todo o lugar e só então percebo a beleza
do jardim pitoresco em que me encontro. É uma visão que beira à magia,
flores multicores que disseminam vida e sedução,
fragrâncias espalhadas nas mais diversas e indefinidas notas.
Um banco de madeira clara com nuances adocicadas,
me convida a tomar assento com tanta força e delicadeza
como um robusto noivo curvado.
Estrelinhas brilhantes que aparecem, vão e vem como piscar de olhos,
são os pirilampos brincando que provocam suspiros
diante dos gestos da pureza marcante.
Esse espaço bucólico esquecido ou parado no tempo,
parece sustentar e preservar o pouco de paz existente.
Não estou mais só, não tão só como cheguei,
levo comigo um aroma de manhã que encontrei nos primeiros raios,
no amarelo abrasador e ardente do mesmo sol que esperei voltar até agora!
Observo a tudo calada, a emocionante cena está presa,
gravada para sempre na memória absoluta de todos os meus dias.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

CONVITE - SARAU DO ICCT


De Malas Prontas...

A escritora Brasileira Flávia Assaife, membro efetivo da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro - ANLPPB e de outras Academias de Letras estará presente representando a ANLPPB e demais academias, bem como a cidade do Rio de Janeiro no 27º Salon Du Livre de Genéve no período de 01 a 05 de maio de 2013, onde lançará seu mais recente livro de Poesias, Contos e Crônicas: "Segredos do Coração" e seu primeiro livro infantil: "A Princesa Júlia e o Guerreiro Artur".

A escritora também terá estes livros, além do livro de poesias, contos e crônicas "Os Viajantes da Lua" participando do Salone Internazionale  Del Livro Torino na Itália no período de 16 a 20 de maio de 2013.

São os poetas vivos fazendo história...