quinta-feira, 25 de abril de 2013

CONVITE - SARAU DO ICCT


De Malas Prontas...

A escritora Brasileira Flávia Assaife, membro efetivo da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro - ANLPPB e de outras Academias de Letras estará presente representando a ANLPPB e demais academias, bem como a cidade do Rio de Janeiro no 27º Salon Du Livre de Genéve no período de 01 a 05 de maio de 2013, onde lançará seu mais recente livro de Poesias, Contos e Crônicas: "Segredos do Coração" e seu primeiro livro infantil: "A Princesa Júlia e o Guerreiro Artur".

A escritora também terá estes livros, além do livro de poesias, contos e crônicas "Os Viajantes da Lua" participando do Salone Internazionale  Del Livro Torino na Itália no período de 16 a 20 de maio de 2013.

São os poetas vivos fazendo história...



quarta-feira, 24 de abril de 2013


          DA NECESSIDADE DE SE CONFESSAR O AMOR ÀS MUSAS

Gosto de peregrinar pelo vocábulo, apreender novas expressões, descobrir outros sentidos para os termos conhecidos, sobrestar frases até que a palavra acurada surja, ou mostre-se desnecessária, como nos contos de Gogol.
Esse gosto pelo vocabulário não é só meu, nem só dos filólogos, nem só dos literatos, é de quem fala, é de quem ouve... principalmente de quem quer ouvir e falar e contar suas histórias.
Trabalhei em uma empresa, autarquia publica responsável pelo transporte urbano, em que um diretor apreciava novos termos, e vivia a repeti-los. Ao ser apresentado à palavra “informal”, foi amor imediato. E era um tal de almoço informal, conversas informais, até que em uma reunião para tratar diretrizes de um projeto de lei de transporte, após vários interlocutores se expressarem, o mencionado diretor se pronuncia: “não vou opinar sobre as questões técnicas, mas em minha opinião temos de fazer uma lei informal”!!!!!!!!
Já outras palavras, ficamos reticentes em adotá-las... neófito... adoro esse termo, gostaria de ser conhecido como Carlos, o neófito... mas ser principiante a vida toda? Em alguns casos é até atrativo, como no amor, que quando novo é paixão; na poesia, em que o espanto é quem cria... porém em geral a denominação de neófito é pejorativa, como li de um crítico de arte sobre uma exposição: “até mesmo os neófitos conseguirão entender”. Melhor ser Carlos, o poeta, neófito ou encanecido, ninguém vai atrás da simbologia do termo.
Quando falamos de palavras novas, é automático pensar em neologismos... então aqui vai um: misomusia.
Que palavra linda, remete à música, poesia, só pode deixar de admirá-la o misoneísta... ou quem lhe conhece a definição, dada pelo seu criador, o escritor e ensaísta checo Milan Kundera – aquele de A Insustentável Leveza do Ser, mas também aquele de Risíveis Amores, ele que acha fundamental o humor:
Misomusia é a aversão às musas, o desprezo pelas tradições artísticas, é o fazer e não o criar, são as regras impostas pelo mercado e não pelo estilo, é produção e não arte.
Na semana passada visitei Leminski no MON, lá em Curitiba. Parei sob o painel de seu haikai:
                                  entro e saio
                                  dentro

                                 é só ensaio
Quando tive a pretensão de escrever haikai fui me aprofundar na forma, conhecer as regras e as obras, e nessas li esse do Paulo. Desisti, jamais me caberá inspiração suficiente para escrever um haikai com tamanha sensibilidade, profundidade e precisão. E não vou escrever versos conectados em três linhas e chamá-los de haikai, somente porque esse estilo virou moda, isso não seria obra, seria misomusia.
Essa humildade, que ajuda a manter o foco em trabalhar à exaustão para ter elementos poéticos prolíficos e ricos, para que quando surja o espanto, ou a musa desnuda, a poesia se faça, não cabe ao misomuso, ele se afasta da vanguarda, da retaguarda, ele se posiciona no meio das atenções, longe arte.
No ensaio A Arte da Novela, Kundera define assim o misomuso: "não ter sentido para a arte não é grave. Pode-se não ler Proust, não ouvir Schubert e viver em paz. Mas o misomuso não vive em paz. Ele se sente humilhado pela existência de uma coisa que o ultrapassa, e a odeia".
Musas, ninfas, sonhos, venham e nos rodeiem e enlacem e dancem e façam sorrir os apolíneos e o dionisíacos; façam os cantores gritarem, os atores girarem, os pintores se lambuzarem, os protugueses navegarem, os poetas nascerem do tamanho de sua poesia. E no primeiro dia, e em todos os dias da evolução, se diga: faça-se a arte.
Haveria o devenir sempre ser de evolução, o misomuso deveria estar extinto antes de existir, mas ele está por aí, e faz-se necessário combatê-lo, não com rifles e granadas, e sim com o suspiro da amada, com a prosa a rima o paradoxo, seguir Cervantes e Saramago, e Pessoa, ter sempre à mão um papel branco, porque ouvi de uma musa que seria sempre ela quem iluminaria esse papel para que eu pudesse escrever, e assim ser poeta.
Musa, musica, magia, poesia... a arte nossa de cada dia, a filomusia...

 

segunda-feira, 22 de abril de 2013

OUTONO


Outono

Lu Narbot

 

 

Tapete de flores

Esparsas no chão

Resumo de outono.

 

Tecido de dores

Mudo coração

Ressuma abandono.

 

No outono do Tempo, beleza.

 

No outono da vida, tristeza.

Sol de Outono (ou Estação Camaleão)


...
O Sol de outono é assim
Entra faceiro pela janela
O vento acompanha seus primeiros raios
Um frescor anuncia o inverno que ronda a estação
O calor do dia nos informa que o verão ainda se faz presente
O Outono é a Estação Camaleão
Flerta com o frio e com o calor
No início da manhã
Pessoas nas ruas, com suas blusas, encolhem-se nos passeios
Mais a tardinha
As blusas são esquecidas, em algum canto
O calor marca presença
E a vida se faz mais iluminada
Só a noitinha é que a gente relembra
Que estamos sim no outono
Estação serena
Estação amena
Outono
...
CARPE DIEM

terça-feira, 16 de abril de 2013



Caro (a) Acadêmico (a),

 Está chegando a hora de nos reunirmos novamente. Escolhemos a cidade de Londrina para sediar nosso próximo encontro que acontecerá no dia 27/07/2013.
 Registraremos a ocasião com  uma nova Antologia, desta feita com uma página que contará com  a sua biografia e outra com um texto poético. Precisaremos, também , de uma fotografia de rosto em boa resolução e de sua assinatura digital. Estamos enviando os convites aos escritores que nos indicaram para que tomem posse como Neo-acadêmicos da ANLPPB. Concederemos o título de Acadêmico Benemérito ao Vereador por São Paulo Sr. Masataka Ota, criador do Movimento JUSTIÇA E PAZ IVES OTA, e ao Ministro do Supremo Tribunal Federal Dr. Joaquim Benedito Barbosa Gomes e o título da Acadêmica Honorária a Sra. Pilar Vieira  curadora da Casa de Cultura José Gonzaga Vieira da cidade de Londrina.

  Na ocasião realizaremos um grande encontro com poetas de todo o Brasil  e não acadêmicos para efeito de confraternização e novos aprendizados. Betina Marcondes, que ocupa a cadeira 16 de nossa Academia ,do Núcleo do Portal do Poeta Brasileiro no Paraná, coordenará com muito carinho e responsabilidade nossa festa poética.

 Participação Acadêmica:
 Antologia: R$ 200,00
 Mensalidade: R$ 50,00
  Que podem ser pagos em duas vezes ( 2 de maio e 1º de junho ) ou em  uma vez até 1º de junho
O.B.S:  A coordenação do encontro está estudando a possibilidade de arrumar patrocínio para o coquetel. Caso não seja possível, jantaremos todos, depois da solenidade no hotel  onde estaremos hospedados . As despesas do jantar ficarão a cargo de cada um.

 Segue o link do Hotel para que possam efetuar suas reservas. Teremos  um desconto nas tarifas.
www.harborhoteis.com.br/pt/inicial/1/hotel-harbor-self-inn-londrina?gclid=CI3LgOXlx7YCFQvnnAodsHEAcA
 
 

Tabela:
 
Tipo de apartamento      _     Tarifa Acordo
 
 
Single                                      R$  103.00
Duplo                                      R$  136.99
Triplo                                      R$  170.98
Quáduplo                               R$  212.18

 Conheça a cidade que nos acolherá. http://vimeo.com/55354854

 
Joaquim Benedito Barbosa Gomes
           Antes de sua nomeação para o Supremo Tribunal Federal, o Ministro Joaquim Barbosa exerceu vários cargos na Administração Pública Federal. Foi membro do Ministério Público Federal de 1984 a 2003, com atuação em Brasília (1984-1993) e no Rio de Janeiro (1993-2003); foi Chefe da Consultoria Jurídica do Ministério da Saúde (1985-88); foi Advogado do Serviço Federal de Processamento de Dados-SERPRO (1979-84); foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia; foi compositor gráfico do Centro Gráfico do Senado Federal.
           Paralelamente ao exercício de cargos no serviço público, manteve estreitas ligações com o mundo acadêmico. É Doutor e Mestre em Direito Público pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas), onde cumpriu extenso programa de doutoramento de 1988 a 1992, o qual resultou na obtenção de três diplomas de pós-graduação. Cumpriu também o programa de Mestrado em Direito e Estado da Universidade de Brasília (1980-82), que lhe valeu o diploma de Especialista em Direito e Estado por essa Universidade.
           É Professor licenciado da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde ensinou as disciplinas de Direito Constitucional e Direito Administrativo. Foi Visiting Scholar (1999-2000) no Human Rights Institute da Columbia University School of Law, New York, e na University of California Los Angeles School of Law (2002-2003).
           É assíduo conferencista, tanto no Brasil quanto no exterior. Foi bolsista do CNPq (1988-92), da Ford Foundation (1999-2000) e da Fundação Fullbright (2002-2003).
           É autor das obras "La Cour Suprême dans le Système Politique Brésilien", publicada na França em 1994 pela Librairie Générale de Droit et de Jurisprudence (LGDJ), na coleção "Bibliothèque Constitutionnelle et de Science Politique"; "Ação Afirmativa & Princípio Constitucional da Igualdade. O Direito como Instrumento de Transformação Social. A Experiência dos EUA", publicado pela Editora Renovar, Rio de Janeiro, 2001; e de inúmeros artigos de doutrina.
           Nasceu em Paracatu, MG, onde fez os estudos primários no Grupo Escolar Dom Serafim Gomes Jardim e no Colégio Estadual Antonio Carlos. Cursou o segundo grau no Colégio Elefante Branco, de Brasília. Fez também estudos complementares de línguas estrangeiras no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha.
Saiba mais sobre Masataka Ota.

segunda-feira, 15 de abril de 2013


" Tudo se copia..." Era assim que dizia o velho Abelardo Barbosa.Vai checar no google quem era a pessoa citada? Cuidado para não se espantar! O pernambucano ousava vestir-se de forma caricaturesca e dizer, brincando, algumas verdades. De péssima dicção, reinventando vozes ele foi um dos maiores comunicadores do país. Já um gaúcho de intrínseca personalidade, dizia do alto de sua responsabilidade poética que " a poesia não se entrega a quem a define" ou que "ser poeta não é dizer  grandes coisas mas ter uma voz reconhecível dentre todas as outras". Esse cara, viu o seu legado lírico ser negado por diversas vezes na Academia Brasileira de letras e, um dia, do alto de sua grande sabedoria rabiscou:
Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!
 E não muito depois disso, um certo Manuel, envergonhado com a resolução do grupo acadêmico,escreveu exaltando os versos do gaúcho:
Meu Quintana, os teus cantares
Não são, Quintana, cantares:
São, Quintana, quintanares.

Quinta-essência de cantares...
Insólitos, singulares...
Cantares? Não! Quintanares!

Quer livres, quer regulares,
Abrem sempre os teus cantares
Como flor de quintanares.
Se você parou para ler o meu texto, deve está se perguntando o que quero dizer. Pois bem, dei exemplo de pessoas que ousaram fazer diferente e que não se entregaram a mesmice das convenções. Mario , o Quintana , hoje é um dos poetas mais lidos no Brasil e muito me admiro quando dizem o " Grande Quintana "! Pouca gente sabe que enquanto o Brasil chorava a morte de Sena, o velho Mario se despedia também, como viveu sua vida silenciosa e ironicamente, colocando no papel realidades, que pasmem, hoje são copiadas e reverenciadas. Se conhecem a obra do poeta já devem ter percebido sua forma incomum de falar da morte, parece que previa o que aconteceria quando partisse. Eu chorei por Mario e por minha nação tão pobre de esperança.
Ouvi, segunda-feira, alguns comentários falando do erotismo da poesia de Vlado
Lima, confesso que fiquei perplexa com o rótulo que foi dado ao poeta. Erótico? Ora! Muita gente deve ter faltado as aulas de literatura e interpretação na escola. Vlado Lima passou longe do erotismo mas saiu do lugar comum, inventando o corriqueiro, o que se pensa e não se ousa dizer. Irreverente, sarcástico e contemporâneo, Vlado dá um show de inteligência sem se importar com o espetáculo. Longe das rimas pobres e do tentar copiar, ele diz em metáforas excepcionais a realidade cáustica de um homem que cresceu no subúrbio e viveu de perto a desintegração social e familiar, a inversão de valores de uma sociedade de conceitos hipócritas e muito pouco contundentes. Ele só não fez o que é previsto, não rimou amor com dor e de forma irreverente falou de dor sem que fosse preciso citá-la.
Convido os nobres amigos para um passeio literário, como forma de aguçar as linhas de nossos versos, mas vejam, não peço aqui que façam o Ctrl V e troquem palavras, convido-os a uma interpretação íntima e não ínfima do ser poeta que reside em cada um, pois se a nossa luta é em prol do poeta vivo, sejamos vivos , sagazes e capazes de honrarmos nosso fardão ,diplomas e medalhas para construirmos estradas sólidas para os nossos netos para que tenham o privilégio e a coragem de ousar e de expor suas ideias, de formarem opinião e construírem, eles próprios, seus caminhos baseados na interpretação real dos fatos sem esbarrarem nos muros comuns da mesmice. 
Aline Romariz

sexta-feira, 12 de abril de 2013


A PAZ... O AMOR CRISTÃO!

Sou uma passageira da Vida
Trago em mãos... A Ação!
Carrego nas idas e vindas...
A PAZ... O amor Cristão!

Vou seguindo pelas trilhas...
Invocando o amor e a felicidade,
Rogando a nossa estrela Guia,
A sensibilidade da HUMANIDADE!
Dilce toledo - 11/04/2013
 

INTENSIDADE...
(Dilce Toledo)

O vento! Intenso e forte...
A ventania... Veio do norte.
Trazendo como companhia,
A intensidade da brisa fria.

Carregando as nuvens turvas,
 Direcionando-se ao lado sul...
Escondem-se nas longíquas curvas,
 Deixa o calor e um céu limpo azul!

Chega o sol... Afugenta a brisa fria,
O meu corpo gélido agora aquecido,
A minha alma lépida em sintonia...
Alimenta meus sonhos...  Assistidos!
Em: 1/04/2013.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

MANIFESTO POÉTICO PELA PAZ

http://www.portaldograndeabc.com/pgabc/noticias/noticia.php?portal-do-poeta-brasileiro-reune-autores-de-todo-o-brasil-obra-que-versa-sobre-a-paz-sera-lancada-no&n=13363
 
 O Portal do Poeta Brasileiro tem sua sede em Campinas-Sp.
 O Manifesto Poético pela Paz foi prefaciado pelo Vereador Ota do Instituto Ives Ota

MOVIMENTO PAZ E JUSTIÇA IVES OTA

No dia 29 de Agosto de 1997, Ives Yoshiaki Ota, oito anos, foi seqüestrado por três homens em sua própria casa, na Vila Carrão, Zona Leste de São Paulo. Neste dia ele brincava na sala, com seu primo, sob os cuidados da babá; na madrugada do dia 30 de Agosto, já estava morto com dois tiros no rosto porque reconheceu um de seus seqüestradores. Os seqüestradores faziam a segurança nas lojas de seu pai, sendo que dois deles eram Policiais Militares.
Fundou-se, então, em Setembro de 1997, o Movimento da Paz e Justiça Ives Ota, uma ONG sem sectarismo religioso cujo objetivo é estender-se a todos os interessados numa sociedade pacífica, onde cada um se conscientize de que: somente através do perdão a verdadeira paz se instala em sua vida.
O Sr. Masataka Ota ( agora,vereador Ota) pai de Ives em entrevista à Revista Veja de 5 de Setembro de 2001 afirmou:
“Acho que perdoar não é dizer: Soltem os assassinos de meu filho. Perdoar é tirar o ódio de dentro de você. Então, perdão é uma coisa e justiça é outra. A justiça tem de ser cumprida.”
Hoje o Instituto Ives Ota, inspirado nos princípios fundamentais preconizados pelo menino Ives Ota, promover o respeito, defende a vida humana e tem por finalidade:

1. Amparar, assistir e orientar, crianças, jovens e famílias vítimas da violência e carência social, necessitados e desprotegidos, sem distinção de raça, cor, credo, sexo, nacionalidade ou condição social.
2. Ser uma via de acesso, para todos aqueles que necessitem de orientação pessoal e ajuda para o seu desenvolvimento mental e comportamental, objetivando mostrar direções, alternativas para o progresso de sua vida pessoal, familiar, profissional, social e espiritual.
3. Promover ampla assistência psicológica e educacional, com foco nos cinco desejos básicos da criança, que são: ser amado, ser útil, ser elogiado, ser reconhecido e ser livre, para que ela construa uma auto-estima elevada e possa, pouco a pouco se tornar independente e um jovem que produz colabora e ama o seu País.

Após o seqüestro e assassinato do garoto Ives, o Sr. Masataka Ota, pai de Ives Ota, começou uma caminhada pelo Brasil, a fim de coletar assinaturas para aprovação da lei pela prisão perpétua agrícola, conseguindo mais de 2 milhões de assinaturas que foram entregues ao Congresso Nacional no dia 13 de Maio de 1999, o Movimento teve impacto nacional na conscientização das pessoas em busca pela Paz.
Em Dezembro do ano 2000, graças a todos que assinaram as listas para implantar a prisão agrícola, o Tenente Coronel Comandante do presídio militar Romão Gomes, iniciou o trabalho da prisão agrícola, acreditando que o homem com a mente desocupada não recupera e em contato com a natureza eles podem encontrar a sua verdadeira luz que é Divina. “Se cada um fazer a sua parte podemos contribuir para a diminuição da violência.”
Hoje, a família Ota tem como objetivo filantrópico através do Movimento Paz e Justiça Ives Ota, contribuir com os menos favorecidos materialmente e espiritualmente e dar apoio às famílias vitimas da violência.
Esta entidade vem realizando uma série de ações sociais como palestras semanais na sua Sede, abordando temas como: família, drogas, violência, como buscar a Paz interior e exterior através do sentimento de perdão, organiza atividades em escolas públicas, orientando os alunos com assuntos sobre relacionamento com os Pais e como encarar a vida profissional, prostituição e aborto, e ainda participa de eventos regionais que promovem a Paz, além de atividades ligadas ao esporte e a reeducação das pessoas e reestruturação das famílias.
A família Ota nunca imaginou que a violência iria os atingir, achavam que só aconteceria nas outras famílias.
Hoje o problema do vizinho é nosso também.
A missão deste movimento é valorizar a vida através do Amor da Justiça e da Paz, tendo como objetivos a reeducação e valorização do ser humano e conscientização da estrutura familiar e da importância do respeito ao próximo, criando assim uma sociedade mais harmoniosa.
No dia 10 de Outubro de 1999, foi inaugurada a Praça Ives Ota, localizada entre as ruas Dentista Barreto e Julio Colaço - Vila Carrão, Zona Leste de São Paulo.
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quarta-feira, 10 de abril de 2013

                                         A DAMA DE FERRO


“baby, hoje cê faz treze anos, vejo em seus olhos seus planos”... quando os anos 80 começaram, eu tinha a mesma idade da baby que o Raul cantou...  no mesmo disco, antológico, visionário, já se sabia o que seria aquela década... “ei anos 80, charrete que perdeu o condutor”... só não sabíamos ainda que Raulzito não chegaria aos anos 90... e naquele ano, 1980, perderíamos John Lennon (ah, estrela amiga, por que você não fez a bala parar?)... não só o pop/rock perdeu dois gênios, o mundo perdeu duas pessoas que pensavam além dos paradigmas do ter e fazer.

Ainda em 80 o rock perderia seu maior baterista, John Bonham, e com ele o final da banda que fez a transição entre o rhythm blues e o heavy metal, para muitos a maior banda de rock de todos os tempos, o Led Zeppelin.

Para compensar tantas perdas, foi em 1980 que surgiu a Donzela de Ferro, ou Iron Maiden, que conquistaria o mundo principalmente a partir de seu terceiro disco, The Number of the Beast, com Bruce Dickinson assumindo os vocais. O nome da banda foi inspirado em um instrumento medieval de tortura, consistido de um sarcófago antropomorfo com pregos em seu interior, que, ao fechar-se a porta, penetravam no corpo da vítima. Registre-se que o Iron Maiden, destarte suas letras, caveiras e visual agressivo, tinha em seus integrantes pessoas “caretas”, muito profissionais, motivo inclusive da saída de Paul Di’anno, pois o vocalista original fazia a linha sexo, drogas, muita droga, com rock’n roll.

Se no rock britânico havia a Donzela de Ferro, a política estava entregue, desde 79, à Dama de Ferro, alcunha da primeira-ministra Margareth Thatcher. A inspiração do apelido da premier é o mesmo aparelho de tortura que ficou famoso em Nuremberg.

Nos anos 80 houve a amálgama de cria e criador, Inglaterra e Estados Unidos. Aqui não se pondera quem criou quem, tamanha foi a afinidade entre Thatcher e Reagan. Com a economia mundial em colapso, após a crise do petróleo, essa entidade, Reagan/Thatcher optou por confrontar as políticas econômicas keynesianas, implantando o modelo que estava sendo incubado no Chile sanguinário de Pinochet.

As privatizações em massa, o poder dado ao mercado, à redução do estado, medidas que em conjunto ficaram conhecidas como neoliberalismo, pretendiam que cada individuo fosse em si um capitalista, a ser engolido pelas estruturas capitalistas cada vez maiores. Thatcher promoveu a ilusão de que a privatização resolve qualquer problema e que a desregulação do sistema financeiro favorece as economias. Esta desregulação promovida por Thatcher pode ser apontada como uma das origens da crise mundial iniciada em 2008. "Nove em dez economistas atribuem à desregulação um papel potencializador da crise que se abateu sobre o mundo”, diz um professor da Unicamp.

Essa constatação, por si, já deveria servir para ruir o mito desta senhora, mas a macroeconomia é uma área hermética, insensível, e dessa forma não de vê, nem se lê, nem se comenta, que o neoliberalismo foi o responsável, nos anos 80,  por milhões de mortes de crianças, jovens, adultos, idosos, homens, mulheres, brancos, pretos, vermelhos, amarelos, que tinham em comum o fato de viverem no terceiro mundo e serem pobres. Foram mortes por fome, pela violência de regimes totalitários, guerras fratricidas,  epidemias, e a mais terrível das mortes, ainda mais temível que a dama de ferro, a morte por falta de esperança.

Aos 87 anos, morreu a senhora Margareth Thatcher, sobreviveu aos anos 80, o mundo sobrevive a ela, mas àqueles que morreram nesta década são como as boas e velhas bandas de rock’n roll, jamais voltarão. É em memória desses velhos companheiros do mundo que hoje na vitrola vou ouvir Led Zeppelin, e Iron Maiden, e Raul Seixas, e pensar: que pena que ela morreu hoje, e não antes dos anos 80.
 
Carlos Moraes

sexta-feira, 5 de abril de 2013

27º Salão Internacional do Livro e da Imprensa de Genebra

A escritora brasileira Flávia Assaife estará presente no 27º Salão Internacional do Livro e da Imprensa de Genebra no período de 01 a 05 de Maio de 2013 lançando seu mais novo livro de poesias, contos e crônicas Segredos do Coração, lançando seu primeiro livro infantil bilingue A Princesa Júlia e o Guerreiro Artur e ainda participando do Varal Antológico 3.








ORGIA DOS SENTIDOS

 

clamo por ti através de um grito

insepulto, derramo lágrimas floridas

para atenuar a saudade atônita,

um riso impávido

um olhar louco

pensamentos perfeitos

delírios substanciais,

a fala amortecida de dor

o falo intumescido de terror,

a orgia dos sentidos

reprimidos e incontidos,

feitos lavas de um vulcão submerso

Carlos Moraes

 
TECIDO

Ah, o fio que tece...
Uma alma infinita
Linha por linha
Em cada nó...
Da minha garganta
Muda e silenciosa.
Cada marca do tempo,
levada por um vento,
também mudo...
Por um rio tão caudaloso,
Ah, os silêncios dos fios...
E laços...
Um sorriso na margem,
de quem tece,
constrói um mundo!


Poema escolhido pela Banca do Premio Luso Brasileiro e a Editora Mágico de Oz para presentear-me!

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Poema de circuntâncias

 
 
Poetas não sabem amar
além de suas penas

coração vive a sangrar
a duras penas

poesia é asa amputada
que nos condena

 
 
Adriane Lima

Um Poeta ou Poetisa




Um Poeta ou Poetisa é ser vivente,
Disse certo amigo escritor,
Que escreve ou então explode
Para amenizar a sua dor.

Quando o calor invade a alma
Vive de sonho e magia,
Sempre escreve o que sente,
Mas lhe chamam, poesia.

Se Um Poeta ou Poetisa falam,
As palavras por si exalam,
Do que lhe dita a emoção.
O que precisa em tempo certo;
É ter pena e papel por perto,
Quando pede o coração.

HK 1


Cortinas Farfalham
Divinal solo matinal-
Ben-te-vis gorjeiam.

                                                                       Alma


NUVEM


As nuvens correram

céleres pelo espaço.

E eu quis ter o espaço

e ser nuvem,

presa que estou

nos meus limites.
 
 
Lu Narbot

Quebra cabeças


   Quebra cabeças!
Vivi um quebra cabeças
Que nunca acabou
Peças espalhadas
Perdidas com o tempo
Vivi com o coração pulsando
Forte sem saber se
Era amor ou briga

Vive uma vida
Que não era
Minha...
Não se encaixava
Vive uma transição de
 Ilusão
Solidão
Vida me aguarda
A ânsia de paz
Chama-me!
Lilian Palmieri
Recanto das letras:
T4222866